Por Douglas Barraqui
Os especialistas “em coisa alguma” foram ágeis para projetar os danos apocalípticos sobre o derramamento de óleo no Golfo do México: mais de 1600 quilometros de águas irreparáveis e praias em estado de risco; a pesca será prejudicada por temporadas indeterminadas; espécies fragilizadas levadas à extinção e o mais trágico, para não dizer cômico, a indústria petrolífera arrasada por anos, coitada.
Em 20 de abril de 2010, na costa do estado da Lousiana, EUA, o homem desferiu o maior atentado terrorista da história contra o meio ambiente quando a torre de perfuração de petróleo Deepwater Horizon, da operadora britânica British Petroleum (PB), explodiu e pegou fogo.
Obama chamou o vazamento de “um possível desastre ambiental sem precedentes”. O fato é que é decepcionante a forma com que o presidente americano vem tratando o vazamento de petróleo do Golfo. Os conservadores lançam farpas afiadas contra o governo Obama, dizem que o desastre do Golfo é algo como o Katrina de Obama, acontecimento no qual ele está demonstrando a mesma incompetência de George W. Bush depois do desastre natura. Todavia, o desastre no Golfo não é, como disse o governador do Texas Mr. Rick Perry, “um ato de Deus”, não é um desastre natural, mas sim um ato humano, é o nosso 11 de setembro de 2001, contra o meio ambiente.
Para se ter uma idéia bem cômica da proporção apocalíptica sem precedente que está tomando este acontecimento, uma estatal iraniana (arques inimigos do “tio Sam”) de petróleo ofereceu ajuda para conter o vazamento que irá atingir os Estados Unidos. Contraditório? Não! O Irã sabem muito bem que o problema ambiental dos EUA não é somente o problema dos EUA, mas sim de todos que vivem neste planeta, levando em consideração as consequências para o meio natural.
Já é sabido que mais petróleo está vazando agora no Golfo do México do que qualquer outro momento da história. São cerca de
Em meio a tantas especulações e a todas as críticas disparadas por todos para todas as partes a problemática decisiva é o fato deste vazamento estar a uma profundidade média de
Portando, este é sim o maior atentado terrorista da história da humanidade contra o meio ambiente, não são simplesmente seiscentas espécies de animais que estão ameaçados com o vazamento de óleo da empresa britânica, mas sim todos nós seres humanos interligados a vida desse planeta.
Quanto de petróleo ainda tem que ser derramado? Quantos animais marinhos têm que morrer? E quantas mesquitas, armas de destruição em massa e guerras têm que ser movidas com nossa sede por gasolina, fazendo de nós mesmos terroristas em potencial?
Na seqüência dessa tragédia histórica tem que vir um plano de ação para colocar um fim em nosso vício pelo petróleo. Que essa tragédia venha a moldar as mentes humanas de como pensar o meio ambiente para os próximos anos, dando enfoque principalmente em fontes de energias limpas. É nítido que não colocaremos um fim da exploração de petróleo ou nosso vício pelo ouro negro da noite para o dia, mas será que podemos começar?!
Ainda há tempo:
BIBLIOGRAFIAS CONSUTADAS:
Globo Ciência. Obama compara catástrofe no Golfo do México a 11 de Setembro e diz que política ambiental terá que ser reavaliada. Acesso em 23 de julho de 2010.
Jornal o Globo. Obama vistoria o vazamento de petróleo no Golfo do México. acesso em 22 de julho de 2010.
Correio Brasiliense. Vazamento de óleo no Golfo do México é o maior desastre ecológico na história dos EUA. Acesso em 22 de julho de 2010.
G1. Vazamento no Golfo do México é 'pior desastre dos EUA. Acesso em 23 de julho de 2010.
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