Os grupos ambientalistas WWF e Greenpeace denunciaram nesta quinta-feira a reforma do Código Florestal aprovada pela Câmara dos Deputados e pediram à presidente, Dilma Rousseff, se oponha às mudanças que 'põem em perigo' os avanços obtidos na Amazônia.
Em
declarações distintas, divulgadas em Madri, as organizações destacaram
que a nova lei é 'um duro golpe' às promessas da presidente brasileira,
que tinha se comprometido a lutar contra a anistia para crimes
florestais do passado.
A Câmara dos Deputados aprovou na última
quarta-feira a reforma das leis que regulam o uso dos solos e
estabeleceram uma redução das áreas protegidas em favor da atividade
agropecuária. A mudança ainda inclui uma ampla anistia aos fazendeiros
que, durante as últimas décadas desmataram ilegalmente territórios da
Amazônia.
'A presidente Dilma prometeu que não toleraria as leis
que promovessem novas ondas de desmatamento ou anistiassem crimes
florestais do passado. Ela sabe que estas mudanças são negativas para o
Brasil e para o meio ambiente. Pedimos que mantenha suas promessas',
disse a nota da diretora geral da WWF Brasil, María Cecilia Wey de
Brito.
Na mesma linha, a Greenpeace falou: 'O Brasil deu um passo
decisivo para trás. A aprovação da reforma é uma derrota para a floresta
amazônica e para a presidente Dilma'. O diretor da campanha da Amazônia
em Greenpeace Brasil, Paulo Adario, destacou que o voto do Governo nas
mudanças do Código Florestal contribui para uma má reputação do Brasil
como líder global na luta contra o desmatamento e mudança climática.
A
WWF também advertiu que, com a medida, o Brasil não poderá cumprir seus
compromissos internacionais de redução de emissões de CO2 nem as taxas
de desmatamento. De acordo com a organização, a nova legislação poderia
gerar uma perda de mais de 76,5 milhões de hectares florestais, supondo a
emissão de 28 bilhões de toneladas de CO2 à atmosfera.
fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=33508130
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